Esta é uma das perguntas que mais vezes me têm feito ao longo da última década e a resposta é surpreendentemente simples – deve-lhe pagar um salário justo face à sua produtividade. Mas como é que sabemos quanto é que o profissional irá produzir antes de o contratar? Não sabemos e por isso é que assegurar um vencimento muito elevado como ponto de partida é um risco que uma empresa não deve correr.
Existem formas de minimizar este risco:
1 – Peça referências sobre o profissional que se prepara para contratar. Pode fazê-lo através de antigos empregadores, antigos colegas ou até mesmo de clientes em comum;
2 – Ofereça ao profissional apenas uma comissão sobre a sua produção. A percentagem deverá ser elevada, para compensar o facto de o profissional não receber um vencimento fixo e os respetivos direitos;
3 – Se a situação anterior não for possível, opte por um salário base fixo e uma percentagem sobre a faturação a partir de um determinado patamar. O salário deve ser relativamente reduzido e a percentagem obviamente mais baixa do que na situação anterior;
4 – Uma forma de reduzir o risco do candidato é assegurar uma garantia de vencimento fixo durante um determinado período de tempo. O ideal é que este período não ultrapasse os 3 meses, enquanto o profissional solidifica a sua carteira de clientes.
Por fim, 2 notas importantes:
1 – Não se esqueça de garantir a igualdade de condições entre profissionais da mesma categoria. Os sistemas podem ser diferentes, mas o acesso a uma remuneração semelhante face à mesma faturação é essencial.
2 – Um profissional deve faturar um montante três a quatro vezes superior ao seu custo salarial. O custo salarial inclui subsídios, contribuições para a Segurança Social, etc..
Lembre-se: um negócio só vale a pena se for bom para ambas as partes. Isto significa que quer o seu negócio quer o profissional têm de ganhar dinheiro nesta parceria.
Susana Amendoeira
Consultora de Gestão
samendoeira@apconsulting.pt
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